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Zumbilândia: atire duas vezes

  • Foto do escritor: Bibiane Ferreira
    Bibiane Ferreira
  • 9 de fev. de 2022
  • 2 min de leitura

A sequência de Zumbilândia chegou ao cinema 10 anos depois da estreia do primeiro filme. Com a presença do elenco original, o longa relembra diversos momentos de seu antecessor e possui o mesmo tom sarcástico e carregado de humor negro. Com algumas críticas à atualidade, como a aplicativos de transporte, luta pelos direitos e até mesmo à música; a obra aproxima ainda mais a nossa realidade com a das protagonistas.

Novas personagens, extremamente estereotipadas e desinteressantes (com exceção de Nevada, interpretada por Rosario Dawson), são inseridas na sequência do longa, e a personagem de Abigail Breslin, Little Rock, é separada do grupo, o que os motiva a saírem em busca da garota. Acredito que este seja o maior erro da sequência, pois o quarteto de personagens que é o cerne do primeiro filme é quebrado, e o crescimento da criança que antes vimos lutando contra zumbis é mal apresentado, pois agora vemos uma adolescente rebelde que foge de casa com um namorado. Por mais que, nos últimos momentos, o filme tente resgatar a personalidade da garota que conhecíamos, não somos totalmente convencidos.

O filme novamente não se preocupa com questões básicas de sobrevivência em anos de um mundo pós-apocalíptico como, por exemplo, água, luz, comida, gasolina, entre outros. Tampouco nos dá explicações sobre como pessoas tão “estúpidas” quanto o pacifistas conseguiram sobreviver aos zumbis e construir a Babilônia, e mais, como toda aquela grande quantidade de jovens (e somente jovens) conseguiu se encontrar. Ninguém ao menos parece se preocupar com a questão dos zumbis estarem evoluindo em número e inteligência, ou com as mortes de pessoas conhecidas.

Portanto, não espere um filme com enredo complexo ou sequer relevante na trama, pois seu diferencial está justamente na simplicidade dos acontecimentos, que, de certa forma, se sustentam por não exigir ou não se importar em nos dar nenhuma explicação ou justificativa.

A violência desmedida de humanos vs zumbis possui uma estética artística, quase como uma dança bem coreografada, utilizando-se de câmera lenta, música de fundo, realce de cores e, claro, as regras saltando à tela. Essas cenas tornam-se, definitivamente, o que mais vale a pena ao ir ao cinema.

Em síntese, os pontos positivos do filme ainda são aqueles presentes no primeiro longa da franquia: as cenas sangrentas, a ironia, as regras de sobrevivência do Columbus e o diálogo com o público, este último sendo o que abre o filme e faz com que o telespectador se sinta parte da obra. Podemos dizer que a comédia novamente é certeira e, se você é uma pessoa que também goste de terror e esteja habituado à cenas “nojentas”, com muito vômito e sangue, irá se divertir do início ao fim de Zumbilândia: Atire Duas Vezes. Que, assim como o primeiro filme, aposta em um final feliz após longos momentos enérgicos de tensão.

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