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Teoria dos Sonhos e Kurosawa

  • Foto do escritor: Bibiane Ferreira
    Bibiane Ferreira
  • 9 de fev. de 2022
  • 1 min de leitura

Freud expõe a opinião de diversos autores, (entre eles Benini, Hildebrandt, Pfaff, Volkekt, Schopenhauer e Scholz) sobre a teoria dos sonhos, as quais divergem em alguns pontos. Porém é possível afirmar que os sonhos revelam a natureza oculta do ser humano. Que são um vislumbre da profundeza de nossas mentes. Isso se dá por meio de representações involuntárias que são reprimidas durante o dia, e que refletem a moral e a ética do indivíduo sem qualquer pudor ou disfarce, usados em estado de vigília. Os sonhos não são nada mais que um reflexo de nossos pensamentos, impulsos e desejos.


O filme Sonhos, de Akira Kurosawa, é assim nomeado pois expressa os delírios e visões do autor, o que revela seu enigma interior. No filme podemos perceber, através das oito histórias independentes, uma sedução estética, com efeitos de ilusões, típica dos sonhos, o que nos causa a reação de que podemos ser tudo e de todas as maneiras. O que se confirma com espírito curioso e inquieto do filme, aos quais Kurosawa atribui um caráter autobiográfico.

A partir de alguns “sonhos” como O Jardim dos Pessegueiros, O Túnel, Monte Fuji em Vermelho, O Demônio Chorão e Povoado dos Moinhos, por exemplo, Kurosawa faz uma forte crítica ao desmatamento e destruição, à guerra, e à tecnologia desenfreada. Mostrando claramente a miséria humana, por meio de uma filosofia do caos, perceptível a partir do exército dos mortos e do demônio que chora. Trazendo assim, uma reflexão à forma que vivemos, à morte e à vida em sociedade.

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