Um estudo do duplo em A maldição da Residência Hill
- Bibiane Ferreira
- 9 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Atenção: contém spoilers!

Por mais que essa série tenha outros duplos durante seu desenvolvimento, o mais interessante, para mim, foi o da Moça do pescoço torto e Nell. Acredito que este foi o duplo mais impressionante que já vi. A pequena Nell é atormentada por um fantasma de uma mulher com o pescoço torto que a observa, geralmente dormindo, o que a faz acordar e se deparar com aquela figura. O mais interessante é que, mesmo após sair da Residência Hill, Nell continua sendo visitada pela Moça do pescoço torto, em diferentes lugares ao longo da vida. O pavor gerado pela visão da aparição é tão grade que chegou a desencadear mortes e acidentes.
O que descobrimos no episódio 5 da série é que a Moça do pescoço torto é, na verdade, a própria Nell, que se matou enforcada e quebrou o pescoço. Quando o seu corpo cai e seu pescoço se quebra, Nell visita a si mesma em diversos momentos no passado, como se fossem memórias. Porém, por ter uma mediunidade avançada, ela, ainda viva, é capaz de se ver enforcada, sem saber que se trata de si mesma. O próprio futuro a atormenta, e não uma entidade maligna.
A partir deste ponto paramos de temer a Moça do pescoço torto e começamos a sentir pena dela. Agora, como não é mais uma visão premonitória de Nell e sim um espírito, a Moça do pescoço torto começa a aparecer para outras pessoas da família, em tentativas de pedir ajuda e mostrar quem ela realmente é. Os familiares de Nell também se assustam, pois até então julgavam ser delírios de uma garota traumatizada.
Uma das frases chave da série para este duplo é quando a pequena Nell fala “eu estava aqui o tempo todo! Estava gritando, mas vocês não conseguiam me ver”, frase que se encaixa perfeitamente no desespero que ela sente ao perceber que causou, sem querer, terror extremo a si mesma durante toda a vida.
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