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O Homem de Areia: explicando o estranho

  • Foto do escritor: Bibiane Ferreira
    Bibiane Ferreira
  • 9 de fev. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 26 de jan. de 2023


O Homem de Areia, de E.T.A Hoffman é um conto do gênero estranho. Durante todo o enredo, os elementos fantásticos são claros, estando presentes na hesitação do protagonista para com a figura de Olímpia, que não se sabe, inicialmente, tratar-se de um ser humano ou um ser autômato.

Consequentemente, o leitor fica dividido com a ambiguidade da projeção do mundo interior do personagem, indiferenciando o real do imaginário; vacilando entre a incredulidade total e a fé absoluta. A contradição entre esses dois mundos causa uma ruptura entre o cotidiano conhecido, ante o inexplicável.

No entanto, esta constante dúvida, ao final do conto, desaparece, deixando claro que a paranoia e inquietação do personagem estava certa quanto a Coppola ser o terrível e cruel advogado da infância de Natanael, que roubava os olhos das crianças travessas.

Freud analisou o conceito da palavra alemã unheimlich a partir deste conto. De acordo com o psicanalista, essa palavra possui um significado de “não-familiar” ou "estranho". Ele atribui o

sentimento de estranheza à incerteza intelectual.

Sendo um exemplo de um ótimo conto de suspense, em O Homem de Areia, o terror se encontra em um ambiente conhecido, o que intensifica o sentimento de estranhamento indecifrável e quase impossível de identificar, portanto, deixando tudo mais assustador.


Caso tenha interesse em ler o conto na íntegra, segue o link: https://www.riesemberg.com/2009/11/o-homem-da-areia-eta-hoffman.html

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